O secretário-geral do PS, António José Seguro, considerou "fundamental que a Europa acorde para a situação de crise" e coloque "o emprego e o crescimento económico no topo das prioridades". Para Seguro, a Europa anda "há vários anos a correr atrás do prejuízo e tem estado adormecida sobre as grandes decisões", que passam "por o Banco Central Europeu (BCE) ter um papel mais activo nesta crise".
O líder socialista frisou que "é necessário que a Europa acorde e com ela também o Governo português".
Para Portugal reiterou que "é preciso mais tempo para consolidar as contas públicas" e é preciso que "a austeridade não seja tão exagerada".
Por razões óbvias, o ataque vai sempre terminar no Governo. Pelos vistos, se a austeridade fosse menos exagerada, o que quer que isso queira dizer, Pedro Passos Coelho estaria absolvido dos seus pecados.
Seguro tenta colar-se ao debate europeu, mas para seu azar o debate europeu não se cola ao secretário-geral do PS. Em Berlim, Bruxelas ou Paris, ninguém considera que Passos Coelho esteja a implementar uma austeridade exagerada. É a necessária, infelizmente, e não mais do que isso.