...sobre aquilo que não deve ser feito. Se Pedro Passos Coelho tem uma estratégia de comunicação para as redes sociais, confesso que a desconheço. Começo pelos blogues. Passos Coelho tinha especial atenção aos blogues antes das eleições. Chegou, aliás, a organizar diversos encontros com bloggers. Ganhou as eleições e deixou cair, pura e simplesmente, essa vertente da sua comunicação política. No Twitter, tanto quanto sei, sucedeu o mesmo: em Junho de 2011, Passos Coelho desistiu de utilizar este canal. No Facebook o panorama, embora com ligeiras nuances, não difere muito: colocando de parte o texto de sábado, em 2012 Passos Coelho tinha colocado uma -- uma! -- mensagem. Curiosamente, lembrou-se -- ou alguém se lembrou em seu nome -- de colocar a segunda mensagem de 2012 no pior momento...
Tudo isto revela amadorismo e porventura também falta de meios. Mas mais do que isso, mostra que não há qualquer estratégia comunicacional minimamente pensada e coordenada nas redes sociais. Algo me diz que noutras vertentes da comunicação o panorama é igualmente desolador. Inevitavelmente, se Passos Coelho não preenche o espaço, alguém o fará por si e contra si. É a vida.