Como a vida está difícil para todos, Soares fez um choradinho tal que lhe ofereceram o raio do livro.
Leu 169 páginas, mas, atenção, informa-nos que isso inclui índices, gráficos e anexos, não vá alguém pensar que a leitura era pesada. Soares não revela quantos dias demorou a ler o dito livro, mas esclarece que não conhece o autor. Geralmente, pelos vistos, se o autor for desconhecido não passa na selecção prévia de Soares. O que o salvou foi o prefácio, esse sim, escrito por uma pessoa amiga. Graças ao prefácio, mesmo não conhecendo o autor, Soares abriu uma excepção e aventurou-se na leitura do calhamaço, decisão em nada influenciada pelo facto de o livro ter sido adquirido de borla. E a capa, como é que Soares podia ignorar a capa com a horrorosa palavra austeridade?
Bom, quanto ao conteúdo, Soares é parco em palavras, mas, bem vistas as coisas, até se compreende que omita alguns detalhes menores. Afinal, também não disse o que comeu ao almoço, pois não?