"Sempre que há qualquer ajustamento do memorando, devia ser a própria troika a exigir a assinatura do PS. Então não era o Seguro que andava a dizer que o seu programa alternativo era ter mais um ano? Aí o tem. Também penso que a troika não devia libertar novas tranches para o nosso o país sem a assinatura do Partido Socialista", disse Eduardo Catroga (Expresso, 17.11.2012: 10).
Realmente, a experiência de vida (e política) é um posto. O facto de o PSD ter sido originalmente 'obrigado' a validar o programa de ajustamento fornecia a base para a reivindicação formulada por Catroga. Porém, como não foi essa a prática seguida desde o início, neste momento a questão é puramente teórica. Por outro lado, resta igualmente saber se a troika estaria disponível para desempenhar esse papel, o que não me parece de todo garantido. É claro que essa exigência facilitava muito a vida ao Governo, ainda que o obrigasse a um esforço negocial que tem estado ausente. Mas, repito, nada disto é exequível neste momento. Fica, eventualmente, a lição para futuros programas de ajustamento e não mais do que isso.