sábado, 8 de dezembro de 2012

Santa paciência

"Há, pois, uma clara clivagem entre Belém e São Bento quanto aos caminhos a seguir para combater a crise. E como o Governo não vai mudar, a pergunta que se coloca é: e agora, sr. Presidente? Falou apenas ou pensa agir?" (Expresso/Economia, 8.12.2012: 3).
Nicolau Santos, desta vez, poupou-nos ao número do menino que Vítor Gaspar não conhece. Mas a sua parcialidade e o registo militante contra o Governo é indisfarçável. O trecho que citei é apenas mais um exemplo. O último. Isto dito, o que é que o director-adjunto do Expresso quer que o Presidente faça? O que é que propõe? O Presidente deve demitir o Governo? Apenas porque discorda dele? Com base em que mandato popular ou em que poderes constitucionais? Se não quer que demita o Governo, quer o quê? O Presidente deve agir como? Fazendo de Belém uma fonte de guerrilha contra o Governo?
É fácil escrever uma coluna a mandar umas bocas. Mais difícil é escrever algo que tenha o mínimo de utilidade e que, mesmo num estilo comprometido, forneça pistas de leitura ou de acção. Nessa batalha Nicolau Santos prima pela falta de comparência.