segunda-feira, 29 de abril de 2013

Skipper: Just smile and wave, boys. Smile and wave.

"Para dançar o tango são precisos dois. Durante muitos meses não tinha parceiro para dançar", disse em tempos José Sócrates, acrescentando que o PSD tinha agora [2010] em Pedro Passos Coelho "um líder que olha[va] para a situação [de Portugal] com responsabilidade e patriotismo".
Sócrates, entretanto, passou do estatuto de primeiro-ministro para o de comentador de um programa com as audiências em espiral recessiva. Em suma, um programa a necessitar urgentemente de um estímulo ao crescimento das audiências.
A vida por vezes parece uma montanha russa. Dois anos e meio depois, agora é Passos Coelho quem quer dançar o tango, mas com António José Seguro. O líder do PS resiste à sedução da dança, argumentando que não gosta da música que está a tocar. Seguro afirma que está disponível para dançar o tango, mas tem de ser com outra banda sonora. E este é o actual ponto da situação. Andamos à procura de um CD do agrado do líder do PS para que se possa dançar o tango. Um tango mais calminho e menos exigente, porventura. Um tango menos austero. Tudo bem. São necessárias, portanto, conversações para que se alcance um consenso quanto ao CD a utilizar. Ou seja, Seguro tem forçosamente de dançar. Sem dançar o líder do PS não terá qualquer influência na escolha da banda sonora. E se não dançar o tango ficará no ar a impressão de que, na verdade, o problema não é o CD que está a tocar. O problema é que Seguro não dança porque não quer ou porque não pode. Na verdade, talvez não saiba dançar?