No âmbito de uma conferência estou em Doha por alguns dias. Não terei muito tempo livre e por isso first things first, i.e. o Museu de Arte Islâmica, visita que valeu realmente a pena. O edifício do museu por si só justificaria a visita, mas o seu conteúdo foi igualmente motivo mais do que suficiente para dar o tempo por bem empregue.
Para não variar já encontrei uma portuguesa, no caso a estagiar no hotel. Não há país onde não haja sempre pelo menos um português. E pelo que me disseram na Embaixada do Qatar em Lisboa, o número de pedidos de vistos está a aumentar consideravelmente, uns à procura de oportunidades de negócio, outros de emprego.
Infelizmente não terei a oportunidade de conhecer o embaixador português em Doha. Seguramente fruto das suas mil e uma solicitações -- será a diplomacia económica? --, ao meu segundo email a insistir num eventual encontro respondeu um outro elemento da embaixada portuguesa a informar secamente que o senhor embaixador não se encontraria em Doha na data referida. Azar o meu, digamos.
Gruas por todo o lado, Doha parece um imenso estaleiro. Imagino que quem visita regularmente a cidade (quase) ficará com a impressão que é a primeira vez que se desloca a Doha. Os sinais de riqueza são evidentes por todo o lado. It's oil, stupid. Realmente, só à custa de muito petróleo é possível suportar o calor e sem ar condicionado não se sobrevive. A garrafa de água, por sua vez, é companhia constante.
O meu primeiro espresso foi um desastre. There's no place like home. Mais alguns dias e estou de regresso. Sobre a conferência falaremos depois, se se justificar. Até já.