As declarações de Georges Chikoti devem ser lidas com conta, peso e medida. É um segredo público que, naquilo que conta, as grandes decisões de política externa são tomadas por José Eduardo dos Santos e não pelo ministro das Relações Exteriores. Chikoti é, na melhor das hipóteses, uma correia de transmissão com pouca autonomia decisória. Mas, ainda assim, há que ler nas entrelinhas. Por exemplo, aquilo que já tinha referido sobre a cimeira bilateral, i.e. que dificilmente terá lugar em Fevereiro. Na minha modestíssima opinião Portugal deveria tomar a iniciativa de a adiar, de modo a proteger a sua posição.
Um outro ponto interessante é a referência à África do Sul, mas isso fica para outra altura.