1. Comandante Ricciardi apoia sucessão de Ricardo Salgado. "Eu, Comandante António Ricciardi, accionista do Grupo Espírito Santo e presidente do Conselho Superior, venho esclarecer que só não apoiei o voto do meu filho José Maria Espírito Santo Silva Ricciardi na moção de confiança pedida por Ricardo Salgado para evitar a ruptura institucional imediata, mas subscrevo sem quaisquer reservas a posição assumida pelo Conselho, incluindo a do meu filho José Maria Espírito Santo Silva Ricciardi sobre a "governance" e sucessão na liderança do Grupo Espírito Santo".
2. Em suma, a tese de que teria falhado um golpe de Estado contra Ricardo Salgado tem cada vez menos pernas para andar. Não se utilize a expressão golpe de Estado, mas o resultado é o mesmo. A liderança de Salgado tem os dias contados.
3. Ainda está por contar o que verdadeiramente aconteceu no Conselho Superior do GES. Quando no comunicado de hoje António Ricciardi afirma que subcreve "sem quaisquer reservas a posição assumida pelo Conselho", incluindo a posição assumida por José Maria Ricciardi, pessoalmente fico com a impressão de que Salgado -- e não Ricciardi -- esteve muito mais isolado na reunião do que inicialmente se pensou.
4. A questão, aparentemente, não é 'se', mas 'quando' é que Salgado vai abandonar a liderança e, igualmente importante, quem o substituirá. Mais. O seu sucessor, atendendo às repetidas referências ao modelo de governance, terá seguramente muito menos poder do que Ricardo Salgado.