Como já escrevi anteriormente, Fernando Vaz é um artista. Um artista que brinca com os jornalistas portugueses. Utiliza-os e ainda se fica a rir da sua ignorância. Alguns exemplos?
Na sua entrevista publicada na edição do Expresso desta semana, Fernando Vaz destaca as supostas dívidas da TAP, uma vez que a companhia aérea portuguesa não paga os impostos devidos à Guiné-Bissau, mas sobre as dívidas da Guiné-Bissau à TAP nem uma palavra. Uma omissão conveniente que o jornalista deixou passar.
De seguida refere que não há um acordo para evitar a dupla tributação entre a Guiné-Bissau e Portugal. Mais uma, digamos, sejamos simpáticos, imprecisão involuntária. Não só o acordo foi assinado em 2008, como já está em vigor desde 2012. O jornalista, uma vez mais, ficou a apanhar bonés.
Quanto às supostas fragilidades do check in online dispenso-me de fazer comentários. É tão ridículo que nem vale a pena perder tempo com isso.
Repito: Fernando Vaz é um artista. Como os jornalistas portugueses não conhecem os assuntos, ele faz afirmações que não correspondem à verdade sem qualquer tipo de contraditório. No fundo, o jornalista Hugo Franco serviu apenas para segurar o gravador enquanto Fernando Vaz disse o que quis, como quis e quando quis, sem grandes preocupações de, digamos, rigor. Foi ele quem fez a entrevista a Fernando Vaz como poderia ter sido o Rato Mickey. Hugo Franco entrevistou Fernando Vaz como poderia ter entrevistado Tony Carreira. Mas isso, na verdade, pouco lhe interessa.