sábado, 28 de dezembro de 2013

Pão e circo

Era interessante fazer o mesmo exercício com as direcções das televisões, rádios e jornais. Qual seria a nota, por exemplo, de Nicolau Santos, João Marcelino, Bárbara Reis, ou de Paulo Baldaia?
Os políticos, pelo menos, prestam contas através de eleições regulares, livres e justas. É, em última instância, quem vota que decide a continuidade deste ou de outro governo. No caso da comunicação social, apesar da sua enorme relevância na nossa vida colectiva, os mecanismos de accountability são totalmente opacos. Há direcções de televisões, rádios e jornais que, independentemente dos resultados (audiências, vendas, credibilidade/influência, etc.), se mantêm sem que se perceba o motivo de tanta fidelidade da parte dos accionistas.
Naturalmente, há casos de excelentes profissionais e com resultados para apresentar. Pedro Santos Guerreiro, por exemplo. Há outros, claro, mas o panorama está longe de ser animador.
No entanto, esta tropa todos os dias larga postas de pescada como se fossem uma espécie de deuses, sempre a olhar de cima para baixo, como se fossem moral e intelectualmente superiores aos restantes membros da sua comunidade e em particular em relação aos políticos. Haja pachorra.
P.S. -- Há casos que nem sei se ria, se chore...