quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Remodelação permanente

Não me recordo de outro Governo em que as remodelações fossem em regime contínuo. Poderá ter existido, mas não me lembro de algo parecido. Naturalmente, nada impede o Primeiro-Ministro de remodelar quando entende ser o momento adequado. Se quisesse, Pedro Passos Coelho poderia remodelar um ministro ou secretário de Estado a cada 15 dias, ou todos os meses. Esta é uma matéria da sua exclusiva competência, aliás de acordo com a Constituição. Isto dito, no plano político, este entra e sai revela uma inexplicável falta de planeamento e de gestão da sua equipa governamental. Se assim não é, na verdade parece.
Acresce que nem as circunstâncias verdadeiramente excepcionais dos últimos dois anos e o desgaste que implicou explicam esta remodelação permanente. Estas remodelações aos pingos são puro improviso, sem qualquer tipo de controlo de calendário ou de estratégia política. Um fenómeno negativo, por consequência.