Tanto quanto consigo perceber, o seu calendário político contemplará sempre o ciclo posterior à liderança de Pedro Passos Coelho, o que pode ser já em 2014, ou eventualmente em 2015, admitindo como hipótese teórica que o actual primeiro-ministro poderá perder as próximas eleições legislativas. Rui Rio tem, por isso, de preencher o espaço e de se começar a posicionar nos diversos tabuleiros: partidário, político, mediático, entre outros. Nada disto se faz da noite para o dia. No mínimo dos mínimos, exige a formulação de uma estratégia, a constituição de equipas e, sobretudo, tempo. Rui Rio sabe isto melhor do que ninguém e seguramente melhor do que eu. Na política como na vida, a paciência é uma virtude, por muito que isso custe a alguns dos seus acólitos.