Um beco sem saída?
Duvido. Mas em todo o caso a estratégia da CPLP não é totalmente clara. A declaração final da cimeira defende a realização de uma "reunião de alto nível, no âmbito das Nações Unidas, com vista à elaboração de estratégia abrangente e integrada que vise a restauração da ordem constitucional na Guiné-Bissau". Esta tem sido a posição seguida desde o golpe, mas tal não quer dizer muito. Revela apenas que a CPLP procura um caminho para resolver o impasse e que tal, inevitavelmente, implicará cedências.
Entretanto, o tempo, sempre o tempo. A CPLP tem todo o tempo do mundo. O mesmo não pode dizer o Governo de transição. Se alguém caminha para um beco sem saída é o Governo de transição e não a CPLP.