terça-feira, 31 de julho de 2012

Orçamento do Estado [2]

"Existem já poucas dúvidas no PS de que o Orçamento do Estado para 2013 será o momento que a direcção de António José Seguro aguardava para romper com o consenso político resultante do memorando da troika. O voto contra o exercício orçamental do próximo ano é dado como praticamente incontornável no secretariado nacional, na direcção parlamentar e entre vários deputados" (Diário Económico).
Não sei se "existem já poucas dúvidas", mas percebe-se facilmente o dilema de Seguro. Isto dito, se votar contra, o PS vai ter muito trabalho pela frente para explicar o sentido do seu voto. Como referia ontem Vital Moreira, "só em em condições excepcionais é que o PS deve[ria] equacionar a hipótese de votar contra [o Orçamento do Estado para 2013]" (Jornal de Negócios, 30.7.2012). Não vejo que condições excepcionais justifiquem, neste momento, um voto contra. Vejo razões de ordem táctica para votar contra o Orçamento do Estado para 2013, vejo razões de ordem pessoal relacionadas com a sobrevivência da liderança do PS, mas não vejo nenhum motivo relacionado com o interesse nacional.