Marcelo Rebelo de Sousa advertiu que o PSD não pode sair de rastos das eleições autárquicas em 2013 e admitiu igualmente a possibilidade de Pedro Passos Coelho não se recandidatar em 2015.
Tudo isto, claro, não passa de especulação, pura e dura. Obviamente, o êxito ou o fracasso do Primeiro-Ministro ditarão em larga medida a sua decisão de se recandidatar. À partida, e a esta distância, não vejo nenhuma razão para que não se recandidate. Mais curiosa é a percepção de que o PSD está condenado a ter um mau resultado autárquico em virtude das medidas impopulares do Governo. Como se as autarquias não tivessem dinâmicas próprias, ou se a escolha dos candidatos fosse irrelevante. Mais. Admitindo a possibilidade de o PSD poder vir a ter um resultado pouco satisfatório, não vejo por que motivo tal tenha de ter implicações ao nível governativo. Não foi assim no passado e não vejo porque tenha de ser assim no futuro.