sexta-feira, 31 de agosto de 2012

A terrível maçonaria

Há temas que regressam ciclicamente às páginas dos jornais. A maçonaria é um deles. Um clássico. Como é hábito, sempre que surge um artigo sobre a maçonaria é certo e sabido que também não faltarão as mais ridículas teorias da conspiração. O tema zombie regressou esta semana. Desta vez o alvo foi o GOL, uma vez que a identidade dos seus membros foi parcialmente tornada pública. Confesso que pouco me interessa quem faz parte do GOL, mas compreendo, como é óbvio, a curiosidade da opinião pública.
A natureza discreta/confidencial da maçonaria sempre teve a minha discordância. Mas essa é a regra e, evidentemente, quem adere tem que a aceitar. No entanto nada impede um membro da maçonaria de revelar a sua participação. Pessoalmente nunca o escondi, muito pelo contrário. Isto dito, a determinado momento decidi afastar-me, por razões sem grande relevância e que pouco interessam. Por um daqueles acasos do destino, sensivelmente um ano depois de ter saído -- se a memória não me falha -- foi noticiado que fazia parte da 'famosa' Loja Mozart (que, já agora, ainda existe, apesar das insistentes notícias que estaria para fechar). Na altura não me pareceu relevante, antes pelo contrário, clarificar que a minha ligação com a Mozart era um assunto do passado. Seria, aliás, uma atitude feia da minha parte.
Regressando ao início, o único aspecto positivo que poderia resultar do que está a suceder ao GOL seria a decisão de tornar pública, por decisão própria, a identidade dos seus membros. Se a GLLP/GLRP assumisse a mesma linha seria ouro sobre azul. Acabava-se, de uma vez por todas, o 'problema' -- em parte um falso problema, refira-se -- da confidencialidade. Haveria, seguramente, um tema a menos para as teorias da conspiração.
Quanto à minha relação com a maçonaria, não excluo a possibilidade de regressar à Loja Mozart, ou eventualmente de participar noutra qualquer. Se isso acontecer, tal como no passado, não será seguramente segredo.