sexta-feira, 14 de setembro de 2012

As alternativas

Na entrevista de ontem de Pedro Passos Coelho houve uma questão que não foi colocada (se foi colocada não reparei). Julgo que Vítor Gaspar também não o explicitou nas suas recentes intervenções. É, porventura, a questão crucial, ainda que Passos Coelho, por agora, recuse recuar nas medidas. Sejamos claros: Recuará, se prevalecer o bom senso, e se as circunstâncias a isso o obrigarem. Os custos políticos é que, entretanto, vão subindo.
E a questão crucial, a pergunta que vale um milhão de euros, é esta: Na altura em que Vítor Gaspar decidiu que seria na TSU que o Governo iria mexer, quais foram as alternativas que ficaram pelo caminho? Havia alternativas, i.e. foram tidas em conta outras opções, correcto?
Igualmente importante: Por que motivo foram abandonadas? Quais eram os prós e os contras?
Conhecidas as alternativas, mais tarde ou mais cedo António José Seguro terá de dizer qual dessas opções, do seu ponto de vista, é a mais aceitável. A menos má, digamos. O PS não poderá seguramente dizer que nenhuma é aceitável, sem pagar um preço político por isso.
É fundamental conhecer os estudos que sustentaram a decisão de mexer na TSU, mas também, insisto, as alternativas. Este é o ponto de partida para ultrapassar o actual impasse político. Caso contrário estaremos a perder tempo precioso e a situação política continuará a degradar-se num caminho sem retorno.
Em suma: O Governo importa-se de divulgar quais eram as alternativas às alterações na TSU?