Comecei a blogar em Junho 2003 e durante muito tempo mantive um blogue individual. A determinada altura cansei-me e fiz uma pausa. Depois experimentei participar em blogues colectivos. Não é a mesma coisa. Nada contra, mas não é o registo em que me sinto mais confortável. Experimentei o Facebook. Desisti. Não gosto. Experimentei o Twitter. Gosto, mais ou menos. Regressei ao blogue individual. É, muito claramente, a minha onda.
Em retrospectiva, umas vezes acerta-se, outras erra-se e, de vez em quando, escrevem-se alguns disparates. Felizmente, em nove anos de escrita em blogues, há apenas um assunto sobre o qual escrevi e que me arrependo. Há assuntos sobre os quais escrevi e que hoje não escreveria, ou que escreveria de forma diferente. Mas há um único assunto sobre o qual escrevi de que me arrependo. Ossos do ofício.
Regressando à decadência dos blogues, ou da blogosfera política, acho que é puro engano. Neste último mês, tal como sempre aconteceu desde 2003, encontro na blogosfera ângulos de leitura e análises interessantes, bem como uma pluralidade de opiniões.
É claro que os blogues não são um fenómeno de massas e o público é quantitativamente limitado. Mas isso interessa-me muito pouco. Diria, aliás, que é uma característica que me agrada. Afinal, tal como os entendo, os blogues são apenas uma forma de intervenção no espaço público e um hobby. Nada mais.