segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Qual a finalidade?

Algo me diz que, ao convocar os seus principais órgãos dirigentes, o PSD -- e Pedro Passos Coelho, uma vez que tal não sucederia sem o seu aval -- poderá ter acrescentado mais um erro à lista de erros dos últimos dias. Em vez de desvalorizar a atitude do CDS, o PSD fez o contrário. E ao entrar por esse caminho, a não ser que se prepare para recuar na TSU, aceitou as regras de um jogo em que só pode perder. Enquanto principal partido da coligação, o PSD não pode adoptar uma estratégia de guerrilha com o CDS. Isto porque uma escalada na crise nacional e na crise na coligação -- levando eventualmente ao lançamento da bomba atómica da dissolução do Governo -- não serve os seus interesses. Se serve, não estou a ver como.
Tanto quanto consigo perceber, é do interesse do PSD exactamente o contrário, i.e. desactivar a crise e regressar se possível à normalidade. Ora, repito, a não ser que se prepare para recuar na TSU, não vejo em que medida é que a convocação dos principais órgãos dirigentes do PSD se insere numa estratégia de pacificação política.
Confesso que não percebo. Falha minha, porventura.