Também gostava de ter tantas certezas absolutas como Bruno Proença. A minha idade (apenas 43 anos, atenção...), porém, cada vez mais me desincentiva de exercícios dessa natureza. Ao contrário de Bruno Proença, cada vez tenho mais dúvidas e quanto mais sei, menos tenho a certeza de alguma coisa.
Diz Bruno Proença: "Neste momento [o Governo], não passa de um conjunto de ministros mortos-vivos sem capacidade para reformar o país." "O Governo acabou antes de começar a existir." "A partir daqui, resta tentar aplicar as medidas da 'troika' o melhor possível porque o Executivo já não tem crédito para avançar com reformas próprias."
Juro que gostava de ter esta convicção, esta certeza inabalável, para fazer este tipo de declarações absolutamente seguras. Não tenho, porém, o seu grau de confiança a analisar o futuro. Nem o futuro, nem o passado, já agora.
Regresso sempre a Ortega y Gasset: "Yo soy yo y mi circunstancia."