sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Uma voz sensata

"Houve eleições há um ano em Portugal, essa maioria está legitimada para governar, tem de se entender, sob pena de não atenderem aos interesses do país. O país precisa de estabilidade", disse Luís Amado. Uma crise política entre os partidos da coligação do Governo neste momento seria uma "irresponsabilidade", referiu igualmente o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros.
Isto é tudo tão óbvio que entra pelos olhos dentro. Dito isto, não vale a pena chorar sobre o leite derramado. Nos últimos 15 dias o Governo estoirou estupidamente grande parte do seu capital político. O desafio, a partir de agora, é ultrapassar a crise política, custe o que custar. O caminho?
Recuar na TSU (em curso), encontrar um ponto de equilíbrio na coligação e, para esse feito (mas não só), remodelar o Governo. A remodelação governamental, espero, não deve ser um exercício tecnocrático, mas sim político. Se não houver gente no Governo a pensar estratégia política não será seguramente o conselho de coordenação da coligação que a salvará da próxima crise.