José Ortega y Gasset: "Yo soy yo y mi circunstancia". Liberdade e destino. A vida é isto, o que não é pouco.
terça-feira, 9 de outubro de 2012
Há críticas e críticas, mas algumas são justas
Alguns analistas criticam o PSD por, uma vez eleito, ter deixado pelo caminho algumas das suas bandeiras de campanha eleitoral. A revisão das funções do Estado, por exemplo. Esta crítica tem um lado injusto, na medida em que esquece que o PSD não teve maioria absoluta. Ora, sem maioria absoluta parte da sua agenda reformista tornou-se impraticável. Isto dito, é verdade que o PSD, no Governo, tem revelado uma inexplicável dificuldade -- tanto mais incompreensível porque o PSD não explica o que se passa, i.e. a que se deve a sua inoperância --, por exemplo, em cortar nas famosas gorduras do Estado. Mais. Pouco ou nada tem dito precisamente sobre a revisão das funções do Estado, ou sobre a tão necessária revisão constitucional. Este é o lado justo da crítica e que ganha acrescida relevância uma vez que o Governo pede esforços adicionais aos contribuintes, precisamente aquilo que o PSD e o CDS criticaram no Governo anterior. Regressamos sempre ao ponto de origem: O défice de política é mais do que óbvio.