Paulo Portas admitiu que existiram "horas de tensão" durante a discussão da proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2013, mas advertiu que "Portugal não pode ter uma crise política" nesta altura. Dito de outra maneira, de modo a evitar uma crise política -- "se Portugal tivesse uma crise política agora ficaria muito perto da situação da Grécia" -- o CDS foi obrigado a aceitar este OE.
Em suma, o CDS mantém a sua estratégia de discordância na concordância. Não vem daqui grande mal ao mundo.
Isto dito, parece-me claro que o CDS não voltará a engolir outro sapo deste tamanho em 2014. Que isso fique registado em acta, assumindo que nessa altura ainda permanece este Governo em funções.