Claro que não poderemos aceitar, mas a verdade é que as coisas são como são, pelo menos por agora. Façamos um resumo. No passado Sábado surgiu uma notícia no semanário Expresso em que se divulgava que Pedro Passos Coelho foi escutado fortuitamente no âmbito do processo 'Monte Branco'. Mesmo não tendo conseguido saber mais nada, a não ser aquilo que a fonte selectivamente lhe quis dizer, o Expresso entendeu fazer o jogo de terceiros. O jornal poderia ter adiado a notícia até saber mais detalhes, mas a tentação era demasiado grande. A cacha foi mais importante do que a vontade de informar.
As fontes, claro, sabem com o que contam. Conhecem a gula dos meios de comunicação social e sabem que estes muitas vezes estão dispostos a sacrificar muita coisa por uma cacha.
Adiante. Pedro Passos Coelho condenou de imediato a violação do segredo de justiça. Curiosamente, caro Paulo Pedroso, não houve um único líder partidário que tenha abandonado a sua zona de conforto para condenar igualmente o sucedido. Todos ficaram a ver o que dava a história e se eventualmente poderiam tirar algum dividendo. Ou então, sendo um pouco mais simpático, como não era um deles, nenhum sentiu a necessidade de expressar solidariedade.
Se isto não são vistas curtas, o que será?