Pedro Passos Coelho afirma que até 2014 vai realizar-se uma reforma do Estado que constituirá "uma refundação do memorando de entendimento" e defendeu que o PS deve estar comprometido com esse processo.
Uma dúvida: Houve conversas prévias entre o Governo e o PS, ou o convite para a "refundação" foi feito, desta forma, na praça pública?
Se houve conversas prévias e o líder do PS não excluiu de imediato qualquer negociação, então assumo que o assunto é minimamente sério. Caso contrário, esta intervenção limita-se apenas -- e legitimamente -- a tentar encostar o PS às cordas. Jogo político, pura e simplesmente.
Algo me diz que António José Seguro, com as limitações que se conhecem no seu espaço de manobra político interno, em circunstância alguma aceitaria refundar o que quer que seja, mesmo que o Presidente actuasse como mediador. Aliás, se houve contactos prévios parece-me altamente provável que o líder do PS tenha manifestado de imediato a sua indisponibilidade para negociar.