Como foi possível, em tão pouco tempo, deixar desmoronar a coligação governamental, entrar em rota de colisão com o PS, colocar em perigo a relação com o Presidente da República, já para não falar de tudo o resto?
É certo que a culpa não é apenas do Governo. Tal como é verdade que as diversas intervenções de pessoas próximas do Presidente, de antigos Presidentes da República, entre outros, embora correctas no conteúdo, no momento em que são proferidas pouco contribuem para encontrar qualquer tipo de alternativa.
Isto dito, em última instância e no essencial, a responsabilidade é sempre do Primeiro-Ministro. Espanta-me que Pedro Passos Coelho não perceba isto.
Repito o que já aqui escrevi noutras ocasiões, nada está ainda perdido, mas a verdade é que o caminho é cada vez mais estreito.