segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Uma mancha de crude que alastra imparavelmente

José Maria Ricciardi ainda não aprendeu que, independentemente da sua licitude e regularidade, há determinadas conversas que hoje em dia não se pode ter ao telefone em Portugal. É uma triste realidade, mas é a que temos. O direito de resposta poderá atenuar posteriormente o efeito negativo de uma notícia, mas nunca o fará na totalidade. Cito uma imagem utilizada, em tempos, por Assunção Esteves: "Como nos aci­den­tes com crude no mar, há sem­pre uma parte da man­cha polu­ente que não con­se­gue ser reco­lhida, e fica a semear os seus danos".
Não sei se se pode resumir a conversa a um simples "protesto ou desabafo", como alega Ricciardi. Vamos admitir que sim, até prova em contrário. O crude, contudo, já fez danos e, como de costume, os responsáveis por isso nem sujaram as mãos.