A ser fidedigna a transcrição das palavras de Ehud Gol, embaixador de Israel em Lisboa, proferidas numa conferência esta semana, então não vejo como o MNE as possa ignorar . Repito, se o relato da jornalista é fiel (Público), nesse caso parecem-me inadmissíveis as observações que fez em público. Ehud Gol não pode dizer numa conferência que Portugal tem de "assumir responsabilidades pelo seu passado", ou afirmar que não percebe as razões que levam Portugal a optar por ser apenas observador numa task force qualquer. Gol pode ter as opiniões que quiser, mas não pode, ou não deve, expressá-las publicamente. Um embaixador não tem que fazer reparos à política interna ou externa do país em que está a prestar funções. Por motivos óbvios.
Aparentemente, hoje em dia, somos todos comentadores, desde o CEO de um banco ao mais cinzento embaixador. A tradicional contenção verbal, pelos vistos, entrou em desuso.