Será, porventura, um dos exercícios mais estéreis e mais inconsequentes na actividade política. Um deputado cumpre a disciplina de voto a que está obrigado numa matéria em que discorda, seja na forma ou no conteúdo, em maior ou menor dimensão, e depois apresenta uma declaração de voto.
No fundo, a declaração funciona como uma espécie de placebo que minora psicologicamente o impacto do acto político. Estamos, naturalmente, no domínio da psicologia e não da política. O que, bem vistas as coisas, nem é nada de muito estranho. Não falta quem queira prosseguir a actividade política no plano judicial. Como diria o outro, isto anda tudo ligado.