António José Seguro defendeu que caso fosse Primeiro-Ministro, a sua primeira medida seria bater-se por mais um ano e juros mais favoráveis.
Vale a pena confrontar a primeira medida de Seguro, com esta intervenção de Adolfo Mesquita Nunes: Os juros que Portugal paga pelo financiamento dos credores externos representa, neste momento, apenas 30% dos encargos do Estado com a dívida pública. "Os outros 70% são da responsabilidade dos Governos anteriores, que deixaram acumular dívida", lembrou o deputado.
"É uma farsa dizer que, com a redução das taxas de juro, seria possível reduzir o problema da despesa", concluiu Adolfo Mesquita Nunes, recordando que os custos que o Estado tem com os empréstimos da troika foram já renegociados pelo actual Governo no ano passado. Mesmo que as taxas de juro dos empréstimos fossem reduzidas para metade, segundo o deputado do CDS-PP, o Estado apenas pouparia mil milhões de euros. Ou seja, um montante insuficiente para compensar os cortes estruturais de quatro mil milhões que o Governo tem de fazer na despesa.
Em suma, a prioridade do líder do PS é uma mão cheia de nada?