A Assembleia Geral das Nações Unidas reconheceu a Palestina como Estado observador não membro. Ou seja, 138 Estados-membros da ONU votaram a favor, incluindo Portugal, 41 abstiveram-se e apenas nove votaram contra (Israel, EUA, Canadá, República Checa, Panamá, Ilhas Marshall, Nauru, Palau e Micronésia).
A Palestina teve mais votos a favor ou abstenções do que esperado. É um resultado esmagador e o isolamento de Israel -- e dos EUA -- é indisfarçável, nomeadamente a nível europeu. Por exemplo, dos cinco Estados membros da UE que votaram contra a admissão da Palestina na UNESCO, apenas a República Checa manteve a sua posição.
Israel poderá tentar limitar os danos, mas eles são evidentes. Em sentido contrário, a Autoridade Palestiniana que não caia na tentação de ler mais do que aquilo que deve nestes resultados. O melhor, porventura, seria deixar assentar a poeira para depois, com mais calma, tentar perceber melhor o que mudou. Alguma coisa mudou, seguramente.