sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Os sábios do Grémio

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Hesito. Valerá a pena comentar esta entrevista? Julgo que não, uma vez que ela fala por si própria. Mesmo assim não resisto à tentação de fazer duas observações muito curtas. A primeira sobre aquilo que nunca passa pela cabeça de Nicolau Santos. "Ele mostrou-me as linhas gerais do discurso que ia fazer no Grémio Literário. (...) Nunca me passou pela cabeça que uma pessoa que vai ao Grémio Literário estivesse a enganar-me", desabafa Nicolau Santos. Em contrapartida, pessoalmente há duas ou três coisas que de vez em quando me passam pela cabeça. Uma delas, por exemplo, seria pedir a alguém com a idade de Artur Baptista da Silva, alegadamente doutorado e coordenador de um tal Observatório Económico e Social do PNUD, cópias de artigos seus publicados recentemente em revistas científicas. Bem sei que ler dá trabalho e que assim talvez não tivesse tempo para almoçar "com tanta gente". E sei também que em Portugal se é 'especialista' sem publicar nada uma vida inteira, mas essa é uma outra conversa. Adiante. A segunda observação sobre o Grémio Literário. "É no Grémio Literário que estão os sábios deste país e na conferência [proferida por Baptista da Silva] estiveram todos os notáveis e mais um par de botas", diz Nicolau Santos. Esta descrição -- na verdade, contraditória -- do Grémio Literário anda, digamos com alguma candura, na fronteira do ridículo. Querem lá ver que, além do menino das bolachas e de Baptista da Silva, Vítor Gaspar também não conhece os sábios e os notáveis do Grémio Literário?