José Ortega y Gasset: "Yo soy yo y mi circunstancia". Liberdade e destino. A vida é isto, o que não é pouco.
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
A permanente encruzilhada na Guiné-Bissau
Algumas observações sobre o que penso da actual situação na Guiné-Bissau.
Radicalismo ignorante
O artista plástico que se lembrou desta aparente analogia revela um enorme calibre criativo e um indiscutível bom gosto. Mais um pouco e também poderia aparecer na Bienal de Veneza.
Por estes dias tenho-me lembrado, em diversos momentos, de uma frase célebre, que supostamente terá sido proferida por Napoleão Bonaparte: "nunca interrompas o teu inimigo enquanto estiver a cometer um erro".
A alminha que se lembrou de enforcar um coelho para fins de protesto político perceberá o alcance do seu gesto? Para além da associação básica, não fosse alguém com um coeficiente de inteligência diminuto não perceber, qual é a mensagem política que pretende transmitir? É apenas um gesto de intolerância cega contra quem se discorda politicamente? Trata-se de um apelo à violência física contra o Primeiro-Ministro? Não é uma nem outra, mas estupidez de um engraçadinho, pura e simplesmente? O dito artista plástico acha que o cidadão comum se revê neste radicalismo ignorante?
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
Uma dúvida
Devem dois -- logo dois! -- ministros fazer comentários em resposta a um editorial de um jornal?
Pessoalmente teria optado por não comentar. Um ministro, na minha opinião, não opina sobre editoriais e comentários de opinion-makers. Mas admitindo uma posição contrária, caramba, o Governo em peso deve responder a um editorial? Ninguém tem a noção do ridículo?
Pessoalmente teria optado por não comentar. Um ministro, na minha opinião, não opina sobre editoriais e comentários de opinion-makers. Mas admitindo uma posição contrária, caramba, o Governo em peso deve responder a um editorial? Ninguém tem a noção do ridículo?
terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
Limitação dos mandatos autárquicos
Há polémicas em Portugal que são para mim um mistério. A discussão sobre a limitação dos mandatos autárquicos é uma delas. Não vejo como a limitação possa incidir sobre a pessoa em vez do território. Tão simples como isto.
Lealdade institucional
Num estado de Direito, poderia ser de outro modo? Chega (quase) a ser surpreendente que tal seja notícia...
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
Nunca digas nunca...
A Sonnagol não tem planos para investir mais em Portugal. Em 2012, porém, investiu consideravelmente.
O investimento é mútuo e nos dois sentidos. É por isso que os editoriais patetas do Jornal de Angola não são preocupantes. Entendo-os sobretudo como uma espécie de válvula para libertar vapor acumulado. A importância das relações bilaterais, nos planos estratégico, político e económico, não admite actos de irracionalidade.
Sim, Portugal tem muito interesse na consolidação das suas relações com Angola, mas o contrário -- e por cá isso por vezes parece ser um facto esquecido -- também é verdade. Em suma, chill out...
O investimento é mútuo e nos dois sentidos. É por isso que os editoriais patetas do Jornal de Angola não são preocupantes. Entendo-os sobretudo como uma espécie de válvula para libertar vapor acumulado. A importância das relações bilaterais, nos planos estratégico, político e económico, não admite actos de irracionalidade.
Sim, Portugal tem muito interesse na consolidação das suas relações com Angola, mas o contrário -- e por cá isso por vezes parece ser um facto esquecido -- também é verdade. Em suma, chill out...
domingo, 24 de fevereiro de 2013
Portugal e Angola: uma relação intensa
Em Portugal valoriza-se excessivamente, a meu ver, o editoriais do Jornal de Angola. O texto não é uma surpresa, depois da notícia de ontem no Expresso, e tem uma face para consumo interno em Angola e outra para consumo externo em Portugal. Isto dito, as duas partes sabem que há linhas vermelhas que não podem, ou não devem, ser ultrapassadas. Até agora, tudo se mantém dentro dos limites políticos aceitáveis, ainda que a linguagem seja dura e, porventura, excessiva.
sábado, 23 de fevereiro de 2013
De acordo [2]
Uma das potenciais consequências de tudo isto poderá vir a ser a dificuldade acrescida de remodelar o Governo, razão pela qual não excluiria a possibilidade de, pura e simplesmente, o Primeiro-Ministro optar por manter tudo mais ou menos tal como está até ao final do seu mandato. No mínimo, sem a miragem de um segundo mandato, o leque de disponíveis para integrar o Governo nesta fase diminuiu substancialmente.
Isto dito, nada está ainda decidido.
Isto dito, nada está ainda decidido.
De acordo
Também me parece mais complicado, a partir de agora. Não é impossível, mas é mais difícil.
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
O tacho
O Correio da Manhã, no seu estilo habitual, revela que José Sócrates já arranjou um tacho. Deixemos de lado o colorido da linguagem. A mim interessa-me pouco o que faz Sócrates, salvo por mera curiosidade. Mas como não poderia viver eternamente do ar, mais tarde ou mais cedo o ex-Primeiro-Ministro teria de encontrar um emprego. O que me preocupava, isso sim, era o facto de a mãe andar a pagar as contas. Um gajo, aos 50 anos, já não tem idade para andar a viver da mesada da mãe...
BE e PCP escondidos, com o rabo de fora...
(Correio da Manhã, 22.2.2013).
O BE e o PCP, claro, não têm nada que ver com o comportamento das suas militantes e ex-assessoras. Mas há com cada coincidência -- disse coincidência? -- que não lembra ao careca...
Depende [3]
A realidade impõe-se. Depois da euforia com o regresso aos mercados, agora é a depressão total com os indicadores económicos. Ou 8, ou 80...
Depende [2]
E, aparentemente, é de estratégia política que estamos a falar. Arriscada, porventura, mas é de política que estamos a falar e não propriamente de análise...
Depende [1]
Será mesmo prematuro? Factualmente até poderá ser, não sei, mas politicamente pode fazer todo o sentido. Se se quiser forçar algo que não está ainda assegurado, por exemplo. Falar publicamente nisso poderá contribuir para criar um facto consumado...
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
Tão simples como isto
"Andam por aí umas singelas almas a estabelecer comparações entre as recorrentes manifestações contra o Governo e a Primavera Árabe. Alguém poderá explicar a essas mentes quão obsceno é comparar uma democracia a ignóbeis regimes autoritários?", Francisco Assis (Público, 21.2.2013: 46).
Como é óbvio
Evidentemente. Refira-se, em todo o caso, que a intolerância e o espírito anti-democrático não têm sido a regra.
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
Um esclarecimento desnecessário
Evidentemente, PS ou PSD, ninguém terá maioria absoluta em 2015. Caso houvesse dúvidas, com um ou com o outro, não é de excluir a hipótese de o CDS vir a integrar o próximo Governo. Regressamos à questão da coligação...
A pessoa certa...
...para falar em situações patéticas, respeito e credibilidade. Logo ele, o grande admirador de Baptista da Silva. Este tipo não percebe como é ridículo. Nada a fazer, portanto.
Mais um ano
Continua o festival de previsões falhadas. Sim, a alteração das circunstâncias explica, em parte, os erros de previsão. Mas há mais qualquer coisa. Vítor Gaspar, pura e simplesmente, não consegue acertar uma.
Listen very carefully, I shall say this only once! [9]
Paulo Gorjão, "Portugal and Mali: An Unwelcome Minimalist Approach" (IPRIS Viewpoints, No. 116, February 2013).
terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
Nonsense [3]
Desta vez não houve "Grândola", mas a rapaziada, ainda nova, mostra a sua fibra pseudo-democrática. Pela minha parte lutarei sempre para que se faça escutar a voz de todos, mesmo daqueles de quem discordo profundamente.
Grandes Opções do Conceito Estratégico de Defesa Nacional
Luís Fontoura queixa-se que "ninguém teve a amabilidade" de lhe enviar o documento. Inevitavelmente, surge sempre o problema da gestão dos egos. Luís Fontoura, pelos vistos, não consegue descarregar o documento na rede. Era necessário que lhe enviassem uma cópia em papel, de preferência com um cartãozinho do ministro da Defesa Nacional a agradecer o seu precioso contributo. E pronto. Somos isto e não mais do que isto.
Listas conjuntas ou separadas? [1]
Luís Marques Mendes levanta uma questão que, a seu tempo, terá de ser resolvida. Em 2015, PSD e CDS irão concorrer em listas conjuntas ou separadas?
É certo que até lá ainda correrá muita água por debaixo das pontes e que não há grande urgência em clarificar essa questão no curto prazo. Mas, a seu tempo, o assunto terá de ser encarado de frente. Ora, a manter-se, nos próximos dois anos, o actual estado de desconfiança mútua entre PSD e CDS não vejo como seja possível uma coligação. Essa, aliás, é outra questão: as duas partes têm interesse nisso?
Não estou certo que, nesta altura, o interesse seja mútuo.
O maior envolvimento de Paulo Portas na formulação da estratégia e na condução das políticas do Governo faz sentido também desse ponto de vista. Sem se afinar o entendimento entre PSD e CDS, sem se ultrapassar a desconfiança mútua, dificilmente haverá espaço para uma coligação.
Não estou certo que, nesta altura, o interesse seja mútuo.
O maior envolvimento de Paulo Portas na formulação da estratégia e na condução das políticas do Governo faz sentido também desse ponto de vista. Sem se afinar o entendimento entre PSD e CDS, sem se ultrapassar a desconfiança mútua, dificilmente haverá espaço para uma coligação.
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
Nonsense [2]
"O grupo, com cerca de 20 pessoas que se assumiram de forma espontânea e sem ligação a qualquer partido político, erguia cartazes contra "as políticas de direita" e pediu a demissão do ministro."
A patetice, pura e dura, regressa. Adiante. O que quer dizer "que se assumiram de forma espontânea"? Todos, ou parte, levaram cartazes, mas não planearam conjuntamente a iniciativa? Devemos acreditar que foi tudo uma coincidência?
Mais. Devemos também acreditar que não têm ligação a qualquer partido? Digamos, ao PCP ou ao BE? Vamos ingenuamente aceitar -- bem sei que estou a pedir muito -- que é verdade. Não ter ligação a qualquer partido não quer dizer, no entanto, que são apartidários, pois não? Ou serão contra "as políticas de direita" -- e esta formulação, por si só, constitui todo um programa... -- mas são isentos e neutrais?
Esta malta acha que as pessoas são todas desprovidas de cérebro?
A patetice, pura e dura, regressa. Adiante. O que quer dizer "que se assumiram de forma espontânea"? Todos, ou parte, levaram cartazes, mas não planearam conjuntamente a iniciativa? Devemos acreditar que foi tudo uma coincidência?
Mais. Devemos também acreditar que não têm ligação a qualquer partido? Digamos, ao PCP ou ao BE? Vamos ingenuamente aceitar -- bem sei que estou a pedir muito -- que é verdade. Não ter ligação a qualquer partido não quer dizer, no entanto, que são apartidários, pois não? Ou serão contra "as políticas de direita" -- e esta formulação, por si só, constitui todo um programa... -- mas são isentos e neutrais?
Esta malta acha que as pessoas são todas desprovidas de cérebro?
Cândida Almeida: qual o balanço de 12 anos?
Seria interessante que alguém fizesse um balanço dos 12 anos em que Cândida Almeida esteve à frente do DCIAP. Que resultados tem Cândida Almeida para apresentar?
Espero, muito sinceramente, que a Procuradora-Geral da República, Joana Marques Vidal, não hesite um segundo na limpeza de balneário que parece querer fazer. As vedetas mediáticas da PGR que tanto adoram a comunicação social -- Maria José Morgado é outra, mas não é a única -- deveriam todas ser dispensadas para se dedicarem com mais tempo e ainda maior empenho aos jornais, rádios e televisões que tanto adoram -- e as adoram.
Espero, muito sinceramente, que a Procuradora-Geral da República, Joana Marques Vidal, não hesite um segundo na limpeza de balneário que parece querer fazer. As vedetas mediáticas da PGR que tanto adoram a comunicação social -- Maria José Morgado é outra, mas não é a única -- deveriam todas ser dispensadas para se dedicarem com mais tempo e ainda maior empenho aos jornais, rádios e televisões que tanto adoram -- e as adoram.
Responsáveis políticos
António José Seguro decidiu enviar uma carta à troika, na qual pede que, na sétima avaliação do programa de resgate, a arrancar em breve, sejam enviados a Portugal "responsáveis políticos".
Quem serão os tais responsáveis políticos que o PS quer ver -- e que não especifica -- em Lisboa na próxima ronda negocial? Christine Lagarde? Mario Draghi? Durão Barroso? Estamos a falar a sério? Seguro quer a presença dos líderes do FMI, BCE e Comissão Europeia em avaliações intercalares? Serão outros? Mas se forem outros, ainda são "responsáveis políticos"?
E pronto. Não passamos disto. Quem terá sido a luminária no Largo do Rato que se lembrou destes jogos florais para inglês ver?
Quem serão os tais responsáveis políticos que o PS quer ver -- e que não especifica -- em Lisboa na próxima ronda negocial? Christine Lagarde? Mario Draghi? Durão Barroso? Estamos a falar a sério? Seguro quer a presença dos líderes do FMI, BCE e Comissão Europeia em avaliações intercalares? Serão outros? Mas se forem outros, ainda são "responsáveis políticos"?
E pronto. Não passamos disto. Quem terá sido a luminária no Largo do Rato que se lembrou destes jogos florais para inglês ver?
Pornográfico, muito simplesmente
167 mil euros por mês, ao que acresce viatura, motorista, avião particular e segurança particular. Tudo isto num banco que está a beneficiar de três mil milhões de euros de empréstimo. Isto é, muito simplesmente, pornográfico.
Sinal de êxito ou fracasso?
Não sei se o Governo vai ter mais tempo para cortar quatro mil milhões de euros na despesa. Uma coisa é certa, se não tivesse resultados para apresentar e se não tivesse conquistado alguma credibilidade externa dificilmente poderia colocar essa hipótese em cima da mesa. Dito de outra maneira, o eventual ajustamento na estratégia do Governo de que se fala não significa que ela falhou, mas precisamente o contrário. Naturalmente, a conjuntura europeia parece fazer soprar o vento a favor das pretensões do Governo. Isto dito, a consolidação orçamental é para continuar.
A remodelação
Não vou tão longe como António Costa, mas há, de facto, ajustamentos evidentes de estratégia. Nada que coloque em causa o essencial, mas ainda assim suficientemente significativos.
domingo, 17 de fevereiro de 2013
Portas ao volante?
Esta notícia, retomada este fim de semana pelo Expresso (16.2.2013: 8), de que Pedro Passos Coelho decidiu -- finalmente? -- envolver Paulo Portas na coordenação governamental ao mais alto nível revela uma boa opção política. Não é ainda a decisão que a meu ver resolveria de forma mais estável os desequilíbrios internos no âmbito do Governo, mas é um primeiro passo substantivo nesse sentido. Veremos, a seu tempo, os resultados da experiência.
sábado, 16 de fevereiro de 2013
Could Ireland and Portugal Break The Cycle of Sovereign Downgrades?
"Portugal, meanwhile, could benefit from from Ireland’s example with Commerzbank optimistic that both countries could see an easing of the terms of loans they received as part of their international bailout programs, possibly as soon as early March. Both Ireland and Portugal have also taken crucial steps towards more regular bond auctions, with recent sales to private investors attracting robust demand. (...) The upgrades, if they materialize, could have implications for prices of both Irish and Portuguese bonds at a time many larger euro zone peers remain susceptible to further cuts in their debt ratings."
Tommy Stubbington, "Could Ireland and Portugal Break The Cycle of Sovereign Downgrades?" (The Wall Street Journal, 15.2.2013).
Tommy Stubbington, "Could Ireland and Portugal Break The Cycle of Sovereign Downgrades?" (The Wall Street Journal, 15.2.2013).
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013
Nonsense
Cantar a música "Grândola, Vila Morena" nas galerias do Parlamento quer dizer exactamente o quê? Aqueles que a entoaram querem instaurar um regime comunista em Portugal em 2013? É o sinal esperado para um golpe de Estado que ocorrerá este fim de semana? É a expressão da saudade por algo que nem se sabe muito bem o que seja? Patetice, pura e dura?
Esta é uma das melhores notícias... [2]
...de 2013 no plano internacional: "A Transatlantic Trade and Investment Partnership (...) would doubtless provide a much-needed boost to investment, growth and living standards. But the stakes are higher. The advanced nations are losing ground to the rising states. The flow of power to the east and south puts a question-mark over the relevance of 'the west'. As with Britain’s place in Europe, the paramount case for a transatlantic trade deal is geopolitical. The economics are a means to an end. The reward is the advance of the liberal political order that has lately seemed in retreat. (...) What Europeans and Americans need is a project to remind them of the importance of this relationship and of their shared capacity to shape events – something to replace the glue that was lost at the end of the cold war, as well as to persuade electorates that their politicians are actually doing something to pull economies out of recession. (...) A deal to abolish tariffs, remove regulatory barriers and create an integrated marketplace could add about 0.5 per cent annually to national income on either side of the Atlantic. It would also establish the US and EU as the pre-eminent standard-setter for the rest of the world. The objective should not be to exclude; it should be to demonstrate that the west’s economic clout can be translated into global rules."
Philip Stephens, "Transatlantic pact promises bigger prize" (Financial Times, 15.2.2013).
Philip Stephens, "Transatlantic pact promises bigger prize" (Financial Times, 15.2.2013).
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
Um mistério
Não encontro qualquer justificação para o Estado financiar sindicatos e confederações patronais. Mais importante, é para mim um mistério o motivo que as leva a aceitar esses subsídios. A necessidade não justifica que se ultrapassem determinadas linhas e esta é uma delas.
Escândalo
Francisco José Viegas disse um palavrão. Que horror. Isto sim é uma notícia a merecer amplo destaque noticioso. Haja paciência para este jornalismo da trica e do fait-divers pateta.
Ainda há alguma decisão...
...que seja constitucional?
Sempre que há uma medida controversa, logo aparece alguém a declarar a sua eventual inconstitucionalidade. Começa a ser regra, uma regra perigosa, combater as leis no plano constitucional. Não dou para esse peditório. O terreno da disputa é o político e não o constitucional.
UE define estratégias dos bancos portugueses?
Não é por nada, mas parece-me uma intromissão de todo abusiva que a União Europeia, via DGCom, exija ao BCP Millennium que se desfaça da sua operação na Polónia. A ser verdade, evidentemente. A exigência parece-me tão descabida que até me custa a acreditar que seja verdade. Mas, por outro lado, uma vez que o assunto é notícia tal leva-me a admitir que alguma coisa se passa. Esperemos que o bom senso acabe por prevalecer.
P.S. -- O mesmo se passa com a CGD. A DGCom não tem nada que exigir medidas específicas, mas apenas resultados. Compete aos bancos definir as suas estratégias para cumprir os seus compromissos. O resto é uma intromissão abusiva da UE, possível apenas porque Bruxelas parece querer aproveitar a oportunidade para ser forte com os fracos.
P.S. -- O mesmo se passa com a CGD. A DGCom não tem nada que exigir medidas específicas, mas apenas resultados. Compete aos bancos definir as suas estratégias para cumprir os seus compromissos. O resto é uma intromissão abusiva da UE, possível apenas porque Bruxelas parece querer aproveitar a oportunidade para ser forte com os fracos.
Esta é uma das melhores notícias... [1]
...de 2013 no plano internacional. A concretizar-se baralhará de novo as cartas, dando eventualmente um novo fôlego às relações transtlânticas. As notícias da minha morte foram largamente exageradas?
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
De costas viradas
Mais uma intervenção sem sentido. O que propõe o PS e com que dinheiro? O que faria o PS de substancialmente diferente e com que fundos?
Um problema de atenção
Evidentemente. Estamos perante um simples problema de desatenção. Se o actual Governo fosse do PS não haveria os actuais níveis de desemprego. A atenção do PS faria toda a diferença.
Exportar mais e maior diversificação de mercados
As exportações portuguesas para Angola em 2012 mais do que compensaram a perda de vendas registada em Espanha. Evidentemente, em termos abstractos, é uma boa notícia o facto de se conseguir compensar a perda de quota mercado num país com o crescimento da quota noutro. Mas a substituição da nossa dependência do mercado espanhol pelo angolano não é necessariamente algo positivo. Isto nada tem que ver com o facto de ser Angola. Seria verdade na mesma se em vez de Angola se tratasse do Canadá, do Japão, ou de qualquer outro país. O problema está no facto de o grosso das nossas exportações depender de um leque reduzido de parceiros comerciais. Como é óbvio, trata-se de uma boa notícia o facto de quase 30% das nossas exportações ser para fora da Europa. Há uma decada atrás os números eram muito diferentes. Mas seria ainda melhor notícia se o grosso desses 30% não estivesse concentrado em dois ou três países fora da União Europeia.
A preocupação com a promoção das exportações e a diversificação de mercados não surgiu no discurso político apenas com este Governo. A diversificação de mercados, evidentemente, não se faz de um dia para o outro. É um esforço que leva anos, porventura décadas. E como não poderia deixar de ser, o Estado pode ter aqui algum papel a desempenhar, mas em última instância tudo depende dos empresários. Em nome do interesse nacional, Portugal tem interesse em exportar mais e em diversificar os mercados de destino das suas exportações. Em nome do seu interesse particular, o mesmo se passa com os empresários, embora por motivos diferentes. Os decisores políticos têm consciência dessa necessidade. Os empresários nem sempre.
Isto dito, o copo não está meio vazio, mas sim meio cheio. Gradualmente, os empresários portugueses vão assimilando que têm de depender menos do mercado interno, exportar mais e, em última instância, diversificar a sua carteira de clientes nacionais e estrangeiros. As condições que se vivem em Portugal são adversas, mas constituem ao mesmo tempo um estímulo estrutural sem o qual a mudança ocorreria de forma muito mais lenta. Uma crise profunda como a que vivemos, de facto, é um momento difícil para um país, mas ao mesmo tempo é uma oportunidade única para ultrapassar a resistência à mudança. Regresso sempre, sempre, a Ortega y Gasset.
Isto dito, o copo não está meio vazio, mas sim meio cheio. Gradualmente, os empresários portugueses vão assimilando que têm de depender menos do mercado interno, exportar mais e, em última instância, diversificar a sua carteira de clientes nacionais e estrangeiros. As condições que se vivem em Portugal são adversas, mas constituem ao mesmo tempo um estímulo estrutural sem o qual a mudança ocorreria de forma muito mais lenta. Uma crise profunda como a que vivemos, de facto, é um momento difícil para um país, mas ao mesmo tempo é uma oportunidade única para ultrapassar a resistência à mudança. Regresso sempre, sempre, a Ortega y Gasset.
terça-feira, 12 de fevereiro de 2013
Uma dúvida
Se os encontros foram deliberadamente discretos, revelar a sua ocorrência num programa de televisão é um acto de sacanice política, ou de burrice pura e dura?
Bento XVI: o sucessor
Aparentemente interessa pouco qual é o pensamento do sucessor de Bento XVI e qual é a sua visão do que deve ser a Igreja Católica no século XXI. Aquilo que interessa, única e exclusivamente, é a nacionalidade. Manda o politicamente correcto que pode ser qualquer um desde que não seja europeu. Tristeza.
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013
Always watching you
A rapaziada de Langley também lê o que se escreve em Portugal. Melhor dizendo, visita websites em Portugal. Se leram ou não alguma coisa é outra conversa.
Bento XVI: um exemplo
A renúncia ao cargo de Bento XVI é um exemplo notável, sob diversos ângulos. Entretanto, ainda o gesto não foi devidamente assimilado, e a indústria do comentário já começou a produzir chouriços. Haja pachorra.
Ninguém saído do BPN
Eu também não. Mas se fosse parceiro de coligação do PSD também não vinha para a comunicação social dizer isso. Nuno Melo consegue o melhor de dois mundos. Apenas a sua visão pessoal, claro. Aliás é sempre a visão pessoal para dar uma canelada no PSD. Pires de Lima é outro artista do CDS que tem imensas visões pessoais, quase sempre discordantes do PSD.
domingo, 10 de fevereiro de 2013
sábado, 9 de fevereiro de 2013
As dicotomias simplistas
Continuo sem ser capaz de encontrar vencedores e vencidos na batalha em curso entre António José Seguro e António Costa. Se se quiser, não é para mim, de todo, claro que o vencedor no curto-prazo o seja também num prazo temporal mais longo.
Como outros observadores, também tenho a tentação de pensar que Seguro arrumou Costa a um canto. Costa parece comportar-se dessa forma. Mas esta leitura parece-me simplista e arriscada.
Não dou por encerrada a questão de quem disputará as eleições legislativas de 2015.
Certo. Seguro ganhou tempo e tem à partida o vento a seu favor. Mas o jogo não está concluído. Muita água ainda vai correr por debaixo da ponte até 2015. Os opositores de Seguro fragilizaram-no e evitaram ao mesmo tempo uma derrota que os arrumaria até 2015. Preservaram, por isso, parte do seu espaço de manobra. Seguro, por outro lado, evitou um mal maior e reafirmou o seu controlo do PS.
Em suma, ainda é cedo para perceber quais as verdadeiras implicações do jogo em curso.
Como outros observadores, também tenho a tentação de pensar que Seguro arrumou Costa a um canto. Costa parece comportar-se dessa forma. Mas esta leitura parece-me simplista e arriscada.
Não dou por encerrada a questão de quem disputará as eleições legislativas de 2015.
Certo. Seguro ganhou tempo e tem à partida o vento a seu favor. Mas o jogo não está concluído. Muita água ainda vai correr por debaixo da ponte até 2015. Os opositores de Seguro fragilizaram-no e evitaram ao mesmo tempo uma derrota que os arrumaria até 2015. Preservaram, por isso, parte do seu espaço de manobra. Seguro, por outro lado, evitou um mal maior e reafirmou o seu controlo do PS.
Em suma, ainda é cedo para perceber quais as verdadeiras implicações do jogo em curso.
Os EUA não querem, a Europa não consegue
"The success of French forces in Mali was held as proof that Europeans, or at least some of them, are willing to project hard power. (...) Europeans have caught the interventionist bug just as the US has shaken it off. (...) But Europe lacks the means. So we live in a world where Americans are unwilling and Europeans are unable to deal with the myriad conflicts and ungoverned spaces of the Middle East and Africa. (...) The Europeans still rely on the Americans at the very least to lead from behind. (...) [T]he war has since been sustained by the US: alongside heavy-lift and tankers, Washington is providing almost all of the “ISR” – intelligence, surveillance and reconnaissance – that the French need to track and engage Islamist militants. (...) Intervention is the easy bit. I have yet to hear anyone offer a serious answer to the “what then” question. And why, I wonder, have neither the Europeans or Americans done anything much to help nurture stability in the place where all this started – Tunisia. Is it really easier to dispatch troops than to provide economic aid and to open rich western markets to nascent Arab democracies?"
Philip Stephens, "Intervention: the US won’t, Europe can’t" (Financial Times, 8.2.2013).
Philip Stephens, "Intervention: the US won’t, Europe can’t" (Financial Times, 8.2.2013).
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013
Uma má notícia para Portugal?
"Uma má notícia para Portugal". Foi desta forma que António José Seguro reagiu ao acordo alcançado no âmbito das Perspectivas Financeiras para 2014-2020. E foi uma má notícia para Portugal, na perspectiva do líder do PS, porque consagrou uma redução de três mil milhões de euros na verba destinada a Portugal.
Duas observações. A primeira sobre a redução da verba. Alguém ouviu António José Seguro criticar o Governo de José Sócrates quando este negociou as Perspectivas Financeiras para 2007-2013 e aceitou igualmente uma redução da verba -- facto a que Passos Coelho faz uma referência discreta -- em relação ao anterior período? Ninguém ouviu, certo?
Segunda observação. Na verdade a 'quantidade' nunca foi a batalha principal, mas sim a 'qualidade'. O Governo português sabia desde a primeira hora que iria perder verbas. Era inevitável. Mas mais importante do que assegurar um envelope de igual valor em relação ao período anterior era garantir maior flexibilidade na sua aplicação, i.e. condições facilitadas de absorção dos fundos. Não há nisto nenhuma novidade. Essa foi sempre a estratégia. Escrevi sobre isso em Setembro de 2011: "more than the total amount, Lisbon is more interested in improving the absorption capacity of the EU funds". Ora, sobre a vertente qualitativa do acordo alcançado por Portugal, Seguro nada tinha para dizer. Aliás, o líder do PS não tinha nada de substantivo para dizer. Restava-lhe a crítica fácil e instantânea. Seguro tinha uma única ponta para pegar e criticar o acordo alcançado, i.e. a quantidade. Isto dito, estivesse Seguro no governo e estaria agora a elogiar o acordo alcançado. É a vida.
Duas observações. A primeira sobre a redução da verba. Alguém ouviu António José Seguro criticar o Governo de José Sócrates quando este negociou as Perspectivas Financeiras para 2007-2013 e aceitou igualmente uma redução da verba -- facto a que Passos Coelho faz uma referência discreta -- em relação ao anterior período? Ninguém ouviu, certo?
Segunda observação. Na verdade a 'quantidade' nunca foi a batalha principal, mas sim a 'qualidade'. O Governo português sabia desde a primeira hora que iria perder verbas. Era inevitável. Mas mais importante do que assegurar um envelope de igual valor em relação ao período anterior era garantir maior flexibilidade na sua aplicação, i.e. condições facilitadas de absorção dos fundos. Não há nisto nenhuma novidade. Essa foi sempre a estratégia. Escrevi sobre isso em Setembro de 2011: "more than the total amount, Lisbon is more interested in improving the absorption capacity of the EU funds". Ora, sobre a vertente qualitativa do acordo alcançado por Portugal, Seguro nada tinha para dizer. Aliás, o líder do PS não tinha nada de substantivo para dizer. Restava-lhe a crítica fácil e instantânea. Seguro tinha uma única ponta para pegar e criticar o acordo alcançado, i.e. a quantidade. Isto dito, estivesse Seguro no governo e estaria agora a elogiar o acordo alcançado. É a vida.
Murargy: Uma colisão anunciada?
Esta notícia confirma que é possível que Portugal venha a ter problemas no seu relacionamento com o secretário-executivo da CPLP, Murade Murargy. Não me parece de todo aceitável que Murargy faça declarações públicas em que pressiona um Estado-membro da organização. Murargy não tem nada que estar a dizer que "vamos trabalhar com Portugal para ver se muda de posição". Não é a sua função -- e da sua competência -- enquanto secretário-executivo da CPLP "trabalhar" para que os Estados-membros "mud[em] de posição". Nem tem nada que estar a dizer publicamente que "Portugal é o único país a opor-se à entrada da Guiné Equatorial na CPLP e vai ficar isolado nessa matéria". Pura e simplesmente, não tem que expressar este tipo de afirmação. Tanto quanto sei, Murargy é o secretário-executivo da CPLP, o representante de todos os Estados-membros da CPLP. De duas uma, ou Murargy reequaciona a forma como exerce o seu cargo, ou então o caldo vai entornar.
A correr bem
António Costa revela que as conversações com António José Seguro estão a correr bem. É muito curioso que Costa, e não Seguro, tenha a necessidade de comunicar publicamente que tudo se encaminha no bom sentido. Pequenos gestos que revelam, sem querer, as actuais relações de poder interno.
João Galamba...
...seria um excelente deputado no Bloco de Esquerda. No PS é, muito simplesmente, um erro de casting.
TGV: pontos nos iis
Clarificando, de uma vez por todas, a desinformação em curso.
P.S. -- Ao cuidado, em especial, do artista do costume. Vai mais um pedido de desculpa?
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
Algo me diz que as próximas...
...48 horas vão ser ricas na compra e venda de acções do BCP. Amanhã começa o dia bolsista com a confirmação oficial de negociações em curso. Os jornais já tinham noticiado, mas a confirmação oficial, ainda que sem negócio fechado, tem outra dimensão. No dia seguinte o BCP apresenta oficialmente os seus resultados relativos a 2012. Qualquer oscilação, maiores ou menores prejuízos do que esperado, será uma festa de compra e venda de acções.
P.S. -- Estas linhas não dispensam a consulta do prospecto...
António Costa...
...segundo um dos apoiantes de António José Seguro. Aquilo que o líder do PS pensa mas que não pode dizer abertamente.
Vamos enfraquecer o líder?
Um exercício com a consequência prática de enfraquecer a posição de António José Seguro mas sem qualquer outro resultado imediato. É quase impossível que estes dias que o PS está viver não deixem feridas internas que levarão o seu tempo a cicatrizar. Algo me diz que o pior ainda pode estar para vir.
terça-feira, 5 de fevereiro de 2013
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013
Estava a estranhar que...
...o PS não desse também para o peditório. Atrasado, mas ainda assim sempre apareceu. BE e PCP que se cuidem porque o PS agora também entrou no jogo SLN/BPN.
Regresso de Sócrates...
..."será mais-valia para o PS". Naturalmente que sim. Sócrates ainda tem tanto para dar ao PS e a Portugal...
domingo, 3 de fevereiro de 2013
Costa e a luta pela imposição de uma narrativa
António Costa, por estes dias, procura assegurar a imposição da sua narrativa. A argumentação que legitima a sua posição é muito simples: o PS não está unido e este problema interno gera um problema de afirmação na sociedade portuguesa (DN, 3.2.2013: 2). A batalha é desigual. António José Seguro, claro está, não pode refutar -- ou terá de o fazer com especial cuidado -- a narrativa que Costa anda a propagar, caso contrário supostamente estará a contribuir para a divisão interna, o tal problema interno que os críticos apontam como estando na origem da crise de afirmação do PS.
O argumento de Costa, porém, não resiste a dois segundos de escrutínio. Alguém acredita verdadeiramente que uma bancada parlamentar liderada por Pedro Silva Pereira contribuiria para a afirmação do PS? Alguém acredita que a repescagem das viúvas de José Socrates seria bem vista pelos portugueses e que contribuiria para a afirmação do PS na sociedade portuguesa? Alguém acredita que outro líder do PS faria, no essencial, melhor do que Seguro nesta altura?
Por outro lado, a preocupação com a inclusão é válida apenas para as viúvas de Sócrates? Valerá a pena lembrar a forma como foi recebida a eventual integração de Manuel Maria Carrilho na direcção do Laboratório de Ideias? Porque motivo deverá ser selectivo o esforço de unidade e incluir apenas as viúvas de Sócrates?
Não haja dúvidas sobre aquilo que está em curso: mercearia política, pura e dura. Nada mais do que lugares e quotas de influência. António Costa bem pode tentar maquilhar as suas intenções, mas elas são muito claras. São legítimas, naturalmente, mas não são isentas de interesse político pessoal.
Estamos perante um jogo de soma nula e a afirmação da liderança de Seguro implica que outros perderão quota de poder. Costa nada mais está a fazer do que a tentar preservar a sua quota de poder e de influência no seio do PS. A narrativa serve apenas para legitimar e assegurar os seus fins. É a vida.
O argumento de Costa, porém, não resiste a dois segundos de escrutínio. Alguém acredita verdadeiramente que uma bancada parlamentar liderada por Pedro Silva Pereira contribuiria para a afirmação do PS? Alguém acredita que a repescagem das viúvas de José Socrates seria bem vista pelos portugueses e que contribuiria para a afirmação do PS na sociedade portuguesa? Alguém acredita que outro líder do PS faria, no essencial, melhor do que Seguro nesta altura?
Por outro lado, a preocupação com a inclusão é válida apenas para as viúvas de Sócrates? Valerá a pena lembrar a forma como foi recebida a eventual integração de Manuel Maria Carrilho na direcção do Laboratório de Ideias? Porque motivo deverá ser selectivo o esforço de unidade e incluir apenas as viúvas de Sócrates?
Não haja dúvidas sobre aquilo que está em curso: mercearia política, pura e dura. Nada mais do que lugares e quotas de influência. António Costa bem pode tentar maquilhar as suas intenções, mas elas são muito claras. São legítimas, naturalmente, mas não são isentas de interesse político pessoal.
Estamos perante um jogo de soma nula e a afirmação da liderança de Seguro implica que outros perderão quota de poder. Costa nada mais está a fazer do que a tentar preservar a sua quota de poder e de influência no seio do PS. A narrativa serve apenas para legitimar e assegurar os seus fins. É a vida.
Franquelim Alves
Não havia mais ninguém para a secretaria de Estado do Empreendedorismo? Era preciso ir buscar um ex-administrador da SLN/BPN? A estupidez não tem limites?
sábado, 2 de fevereiro de 2013
Pequenas vírgulas, muito importantes...
...para o sistema financeiro e, por consequência, para a economia portuguesa. Fernando Ulrich, uma vez mais: "Estamos a lutar para que as autoridades europeias actualizem o cálculo das necessidades de capital. Se isso acontecer, poderemos andar muito mais depressa" (DN/Dinheiro Vivo, 2.2.2013: 8).
Julgo que Ulrich se está a referir ao rácio de Core Tier 1 imposto temporariamente pela Autoridade Bancária Europeia (EBA) e negociado com a troika.
Perante a estabilização da economia europeia (e portuguesa) e do seu sistema financeiro, imagino que será uma questão de tempo até que se concretize a actualização -- i.e. a diminuição -- dos rácios de capital impostos pela EBA e negociados com a troika. Naturalmente, isso tem implicações no esforço financeiro impostos aos bancos e, em última linha, nos seus resultados.
Este tipo de assunto pode não aparecer nas primeiras páginas dos jornais, exceptuando talvez os económicos, mas provavelmente é muito importante para a saúde da banca portuguesa, para o regresso dos credores e dos investidores e até para a própria bolsa portuguesa. No fundo, o que é bom para a banca é também muito importante para a economia portuguesa. Como diria o outro, isto está tudo ligado.
Julgo que Ulrich se está a referir ao rácio de Core Tier 1 imposto temporariamente pela Autoridade Bancária Europeia (EBA) e negociado com a troika.
Perante a estabilização da economia europeia (e portuguesa) e do seu sistema financeiro, imagino que será uma questão de tempo até que se concretize a actualização -- i.e. a diminuição -- dos rácios de capital impostos pela EBA e negociados com a troika. Naturalmente, isso tem implicações no esforço financeiro impostos aos bancos e, em última linha, nos seus resultados.
Este tipo de assunto pode não aparecer nas primeiras páginas dos jornais, exceptuando talvez os económicos, mas provavelmente é muito importante para a saúde da banca portuguesa, para o regresso dos credores e dos investidores e até para a própria bolsa portuguesa. No fundo, o que é bom para a banca é também muito importante para a economia portuguesa. Como diria o outro, isto está tudo ligado.
De facto, importa lembrar
"Há um ano, estava-se a discutir se o euro continuava ou não continuava, se a Itália se aguentava no euro. Essas questões já não se colocam. Temos um enquadramento europeu muito mais favorável. Foram tomadas decisões importantíssimas a nível do Conselho Europeu, designadamente no que toca à União Bancária. As medidas do Banco Central Europeu foram fundamentais", disse Fernando Ulrich (DN/Dinheiro Vivo, 2.2.2013: 8).
Da periferia
Ser periférico é uma consequência da dimensão, da localização geográfica, entre muitos outros factores. Mas é também -- e até arriscaria um "sobretudo" -- um estado de alma. Nós auto-condenamo-nos mentalmente à condição de periféricos. É o fado de que gostamos quanto mais não seja para dizermos que sofremos com esse fado.
Pedro Passos Coelho, Paulo Portas, ou outros ministros, ninguém foi ao mais recente WEF a Davos. Empresários ou gestores foram dois ou três, tanto quanto sei. José Pedro Aguiar-Branco não foi à MSC, o maior acontecimento anual na área da Segurança e Defesa na Europa.
Sempre José Ortega y Gasset: "Yo soy yo y mi circunstancia".
Pedro Passos Coelho, Paulo Portas, ou outros ministros, ninguém foi ao mais recente WEF a Davos. Empresários ou gestores foram dois ou três, tanto quanto sei. José Pedro Aguiar-Branco não foi à MSC, o maior acontecimento anual na área da Segurança e Defesa na Europa.
Sempre José Ortega y Gasset: "Yo soy yo y mi circunstancia".
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
Um homem desapontado
Com António José Seguro. Com o Governo. Só José Sócrates é que não causava amargos de boca a Pedro Silva Pereira.
Começou...
...o calvário das previsões erradas. Provavelmente, a primeira de muitas ao longo de 2013.
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