Continuo sem ser capaz de encontrar vencedores e vencidos na batalha em curso entre António José Seguro e António Costa. Se se quiser, não é para mim, de todo, claro que o vencedor no curto-prazo o seja também num prazo temporal mais longo.
Como outros observadores, também tenho a tentação de pensar que Seguro arrumou Costa a um canto. Costa parece comportar-se dessa forma. Mas esta leitura parece-me simplista e arriscada.
Não dou por encerrada a questão de quem disputará as eleições legislativas de 2015.
Certo. Seguro ganhou tempo e tem à partida o vento a seu favor. Mas o jogo não está concluído. Muita água ainda vai correr por debaixo da ponte até 2015. Os opositores de Seguro fragilizaram-no e evitaram ao mesmo tempo uma derrota que os arrumaria até 2015. Preservaram, por isso, parte do seu espaço de manobra. Seguro, por outro lado, evitou um mal maior e reafirmou o seu controlo do PS.
Em suma, ainda é cedo para perceber quais as verdadeiras implicações do jogo em curso.