...para o sistema financeiro e, por consequência, para a economia portuguesa. Fernando Ulrich, uma vez mais: "Estamos a lutar para que as autoridades europeias actualizem o cálculo das necessidades de capital. Se isso acontecer, poderemos andar muito mais depressa" (DN/Dinheiro Vivo, 2.2.2013: 8).
Julgo que Ulrich se está a referir ao rácio de Core Tier 1 imposto temporariamente pela Autoridade Bancária Europeia (EBA) e negociado com a troika.
Perante a estabilização da economia europeia (e portuguesa) e do seu sistema financeiro, imagino que será uma questão de tempo até que se concretize a actualização -- i.e. a diminuição -- dos rácios de capital impostos pela EBA e negociados com a troika. Naturalmente, isso tem implicações no esforço financeiro impostos aos bancos e, em última linha, nos seus resultados.
Este tipo de assunto pode não aparecer nas primeiras páginas dos jornais, exceptuando talvez os económicos, mas provavelmente é muito importante para a saúde da banca portuguesa, para o regresso dos credores e dos investidores e até para a própria bolsa portuguesa. No fundo, o que é bom para a banca é também muito importante para a economia portuguesa. Como diria o outro, isto está tudo ligado.