domingo, 28 de abril de 2013

Uma maioria absoluta [1]

 Andar, nesta altura, a falar em maioria absolutas é, de facto, um dos sintomas de irrealismo. Isto dito, mesmo com maioria absoluta, António José Seguro esclarece que fará uma coligação, o que por si só de imediato retira urgência à necessidade de uma maioria absoluta. No fundo, o líder do PS pede algo de que não necessita, uma vez que não pretende dirigir um governo monopartidário. Acresce que Seguro não esclarece com quem se coligará e isso é essencial clarificar. Não há muitas alternativas. Ou se coliga à esquerda, o que tem sido sempre uma impossibilidade e nada permite antecipar, por agora, que a situação se tenha alterado. Ou se coliga à direita, existindo aqui potencialmente diferentes geometrias. Mas, para isso, o líder do PS tem obrigatoriamente de mudar de postura sobre a questão das negociações e dos consensos. A seu tempo, arrumada a casa, lá chegaremos.