Paulo Portas parece acreditar que uma certa dose de ambiguidade favorece a sua posição aos olhos da opinião pública. Nessa medida, nos momentos difíceis, o CDS aparece sempre com um pé fora e outro dentro do Governo. Uma espécie de oposição dentro do próprio Governo que pretende complementar -- substituir? -- a oposição com assento parlamentar.
Aqueles, como eu, que defendem que Paulo Portas deveria passar a vice-PM ficam numa posição difícil. Os jogos florentinos que o líder do CDS tanto aprecia minam a confiança entre os dois partidos e dão argumentos de bandeja aos seus inimigos. A fábula do sapo e do escorpião é um clássico, não é verdade?