sábado, 4 de maio de 2013

Colocar a carroça à frente dos bois

Percebo, em parte, a intenção. Mas será apenas impressão minha, ou é algo um bocadinho ridículo? Tem um ministro das Finanças, mas não diz o nome? Se não diz o nome o que é que isso interessa?
Por outro lado, a que propósito, a esta distância das eleições legislativas, anda o líder do PS a falar da composição de um eventual governo? Ele que ainda não apresentou nada parecido com um programa eleitoral e respectivas propostas? Ele que ainda ninguém o mandatou para coisa alguma?
Por outro lado, registo a continuidade. Os restantes ministros não interessam. António José Seguro reconhece, sem querer, que caso formasse governo consigo continuaria a primazia do Ministério das Finanças. Em suma, mudaria o primeiro-ministro, poderia mudar o estilo e algumas bandeiras para marcar a diferença, mas no essencial as políticas em curso seriam para prosseguir sob a inevitável tutela das Finanças.
Tanta preocupação com o emprego e o crescimento -- curiosamente nada disse sobre o seu ministro da Economia... --, mas a verdade é que os números não podem ser ignorados, não é verdade?