Público (1.5.2013).
Este simples quadro, publicado hoje pelo jornal Público, vale por mil palavras para explicar as assimetrias europeias no domínio do desemprego e a forma como o tema é, ou não, tratado na agenda política europeia.
É óbvio que o desemprego não é um tema na agenda política interna da Alemanha, Àustria, Holanda e Luxemburgo. E é óbvio igualmente que, em sentido contrário, o tema não pode deixar de estar em cima da mesa na Grécia, Espanha e Portugal.
A única boa notícia, salvo seja, é que a Itália e a França têm uma taxa de desemprego acima da média dos 27 Estados da União Europeia, o que significa que Roma e Paris têm forçosamente maior sensibilidade política para o tema do que a Alemanha.
Veremos se é suficiente para, a seu tempo, fazer evoluir o debate europeu e a posição alemã.
[Adenda]
O valor do desemprego na Áustria é de 4.7% e não de 5.4% como se refere.
[Nova adenda]
Notícia de hoje no Financial Times: "Slovakia’s prime minister has called for an end to 'completely counter-productive' austerity policies and for governments to focus instead on reigniting growth, as his small but very open economy is pummelled by the slump in the eurozone. Robert Fico said he was part of a growing group of anti-austerity government leaders.
'It is not possible at the same to consolidate, to cut public finances and to expect that the government will have enough resources to support economic growth and fight the unemployment rate', he said."
Basta olhar para o gráfico para perceber esta intervenção.