sábado, 15 de junho de 2013

Serviços mínimos

Pedro Passos Coelho assumiu ontem a responsabilidade, caso seja necessário, de alterar a Lei da Greve para garantir os "serviços mínimos" nos exames nacionais. Não sou jurista e, portanto, não sei se será necessário alterar a Lei da Greve. Seja ou não, o primeiro-ministro deixou bem clara a sua posição política e é de política que estamos a falar. Ora, apesar das minhas fortes críticas à FENPROF, não tenho a certeza de acompanhar Passos Coelho na intenção de instaurar serviços mínimos na educação. O meu instinto, aliás, leva-me de imediato a discordar dessa intenção, independentemente da sua formulação e dos recorrentes excessos da FENPROF. E leva-me a discordar, quer do ponto de vista político, quer também do constitucional. Seria melhor que Passos Coelho não trilhasse esse caminho. Vale sempre a pena lembrar que o maior inimigo de Mário Nogueira é ele próprio, com tudo aquilo que tem feito à FENPROF. Aliás, a discussão de serviços mínimos na educação resulta já dos excessos de Mário Nogueira e das burrices acumuladas ao longo dos anos. E quanto a excessos chegam-nos os da FENPROF, não precisamos que Passos Coelho abdique do terreno político do bom senso.