Vamos assumir, por hipótese, que não vale a pena. E qual é a alternativa? António José Seguro cercado pela tropa de José Sócrates? É esta a alternativa?
É esta ausência efectiva de alternativa que tem salvo minimamente Pedro Passos Coelho aos olhos dos portugueses. A noção de que não existe realmente uma alternativa, ou que a alternativa existente é pior do que o statu quo. E, claro, a percepção de que no essencial, apesar de alguns erros à mistura, o primeiro-ministro tem feito aquilo que era suposto fazer nas actuais circunstâncias.
A minha dúvida, porém, é a seguinte: se Passos Coelho não mudar de vida até quando é que os portugueses lhe darão o benefício da dúvida?
Dito de outra maneira, se o Governo não acertar o passo de uma vez por outras, por quanto mais tempo os portugueses continuarão a avaliar o seu desempenho sem ser de forma emotiva?