O primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, na sequência da decisão do Tribunal Constitucional (TC), coloca a possibilidade de um segundo resgate a Portugal. O ministro-adjunto Miguel Poiares Maduro considera que a interpretação da Constituição feita pelos juízes do TC pode condicionar os direitos das gerações futuras.
No alto da sua "torre de controlo", Paulo Portas ignora o registo de dramatização seguido por Passos Coelho e Poiares Maduro e opta exactamente pela via contrária, frisando que o Governo será capaz de encontrar uma solução para o chumbo do TC ao novo regime de mobilidade na função pública.
Moral da história?
Um Governo, dois partidos, duas estratégias distintas na reacção ao TC. Em suma, continua o desacerto. Pessoalmente julgo que o caminho que Passos Coelho está a seguir é, uma vez mais, errado. Persistir numa espécie de confronto com o TC, dando a entender que o Governo está de mãos atadas, não garante uma solução, não contribui para tranquilizar a opinião pública, nem reforça a confiança no Governo. Nada.