segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Rui Rio: quo vadis?

Rui Rio é o grande ausente/presente no PSD. A alternativa, segundo alguns, à liderança de Pedro Passos Coelho, seguramente com Paulo Rangel a olhar para tudo isto com alguma apreensão. Lendo alguns comentários fica-se com a impressão que assalto ao poder no PSD deverá ocorrer nos próximos dias, porventura sob a batuta de Rio.
Confesso que por vezes não percebo se se trata de wishful thinking ou se as pessoas acreditam mesmo nisso. Vamos por partes e de forma muito sumária. Primeiro: Rio tem de fazer o percurso da carne assada. Parte, pelo menos. Terá, de igual modo, de se projectar para além do Porto, ele que é sobretudo um peso pesado local, não é em exclusivo, mas é sobretudo um líder com implantação no norte e junto de uma parte do PSD. Em suma, há aqui muito terreno para percorrer. Segundo: a minha memória pode estar a falhar, mas desde que Portugal tem um regime democrático consolidado não me recordo de um candidato à liderança do PSD ousar enfrentar um líder do seu partido ainda em funções como primeiro-ministro. Duvido que a coisa fosse bem aceite pelos militantes, aliás.
Rui Rio terá, mais tarde ou mais cedo, o seu momento para disputar a liderança do PSD, se quiser. Momento que ele não quis aproveitar anteriormente, importa lembrar.