Longe vão os tempos em que não havia na comunicação social uma única notícia desagradável para o Grupo Espírito Santo (GES). Agora sucedem-se umas atrás das outras. Mais. O impensável aconteceu: Ricardo Salgado viu a sua liderança colocada em causa publicamente por José Maria Ricciardi. Repito, pública e assumidamente. Quem diria?
Evidentemente, nada será como antes no GES. Ricardo Salgado poderá terminar o seu mandato na data prevista, mas ainda que assim seja -- será? -- tudo mudou esta semana.
Isto dito, é altamente improvável que se repita no GES o que se passou no Millennium BCP. Se outra razão não existisse porque o precedente mostra como seria a descida ao inferno. Acresce que, sendo a estrutura accionista do GES dominada pela família Espírito Santo, tal significa que dificilmente os desentendimentos escaparão ao controlo.
Uma coisa é certa: de facto, o mundo está mesmo perigoso...