Havia apenas duas ou três instituições para as quais, em nome do bom senso, Vítor Gaspar não deveria ter ido depois de ter sido ministro das Finanças. A saber, FMI, BCE e Comissão Europeia.
Vítor Gaspar evitou sempre qualquer conflito com a troika ao ponto de, por vezes, não se perceber qual era o seu lado da barricada. Ele que uma vez chegou a referir-se no Parlamento aos "vossos eleitores" -- não os dele, aos quais aparentemente não tinha de prestar contas -- perante os deputados do PSD e do CDS. Pois bem. É precisamente no FMI que ele aterra menos de um ano depois de ter sido ministro.